terça-feira, 25 de novembro de 2014

Um clássico inesquecível - Lamborghini Miura SV da AutoArt


Há muitos anos que eu andava atrás de conseguir um Lamborghini Miura da AutoArt. E agora, finalmente, consegui um carro absolutamente novo, por um preço bastante razoável através do ebay, um site dedicado à venda de tudo o que é possível e imaginável e que realiza vendas com enorme segurança para o vendedor e para o comprador.




O Miura foi o primeiro supercarro concebido pela equipa de engenheiros da Lamborghini, que o projetou durante os seus tempos livres contra a vontade do fundador da empresa, Ferruccio Lamborghini. Tinha um chassi desenvolvido por Gian Paolo Dallara que mais tarde fundou a Dallara Automobili e uma elegante e revolucionária carroceria projetada por Marcello Gandini.
O protótipo do Miura fez a sua estreia no salão automóvel de Genebra em 1966, possuía um motor V12 que debitava mais de 300 cavalos de potência e foi considerado o supercarro mais veloz da sua época.


  

Uma vez chegada a encomenda, perfeitamente embalada e protegida contra qualquer choque e impacto, rapidamente me apressei a abri-la com todo o cuidado, até expor um carro lindíssimo e um dos mais dignos representantes dos carros clássicos de grande turismo do final da década de sessenta e início dos anos setenta.
Após tirar umas belas fotos na minha pista Carrera como pano de fundo, atrevi-me a ligá-lo à corrente e dar umas gatilhadas, para ver o comportamento deste animal.
Mas que enorme decepção! Talvez uma das piores coisas que já tentaram rodar na minha pista. É que nem conseguia andar sem falhas por mais de trinta centímetros.

  

Ao pegar uma chave de fendas e abrir a barriga da besta, encontrei um sistema de fios elétricos, circuitos eletrónicos e lâmpadas dos faróis dianteiros e traseiros que nem sequer funcionam, dois ímanes enormes que "cimentam" o carro no chão, um patilhão de encaixe ao estilo SCX (mas ainda pior), um pinhão do motor com 18 dentes e imensas folgas por todos os lados.
Limitei-me assim a registar em fotos o que vi e fechei o pobre coitado, como se fosse um daqueles doentes com câncer em estado terminal que os cirurgiões abrem, vêm o que tem dentro e fecham de novo, apenas para constatar que o paciente não tem mais que um mês de vida.



Resta-me, por enquanto, guardá-lo na estante. Mas como eu não sou daqueles colecionadores que deixam os seus modelos parados durante muito tempo, já ando aqui a pensar de que maneira vou poder adaptar-lhe um chassi, motor e rodas, para poder desfilar aquelas linhas inconfundíveis por uma qualquer pista deste mundo de pilotos pequeninos.



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